SOU A SOMBRA
Sou a sombra de mim mesmo
A penumbra de um silêncio
Um espectro que erra, chora
Que foge e de si se afasta
Nesta selva maldita que vive
Que sadicamente se pune sem dó
As trevas cobiçam tudo em mim
Para me cobrirem de escuridão
Sou a loucura, a insónia, a noite
A demência, a solidão, um mártir
Um simples renegado de mim mesmo.
Isabel Morais Ribeiro Fonseca