domingo, 17 de maio de 2020

🍄🍃___FIOS DO LUAR___❤

FIOS DO LUAR

Pelos fios do luar
No sossego outono
Anda de efémeros sons
Os juncos de lama negra
Pelo plutão perdido no espaço

Charco de vales sombrios
Nos lençóis quentes da cama
Poesia de caído véu 
Poeta purificado em urano

Essa lua brilhante da noite
De beijo dado no escuro
Abraço de espasmo cego
Num enxame de leitura efémera

Armadura de giz em Vénus
Pelos versos feitos de raiz
Alma de mercúrio vermelho
Na fogueira de velho centeio

Isabel Morais Ribeiro Fonseca


quarta-feira, 6 de maio de 2020

MEU AMOR 💕

MEU AMOR

As tuas caricias são amor
Caricias que se envolvem
No meu corpo como eu gosto
Lentamente em paixão
Desatando todos os nós que já demos
Na profundidade sentida
E nos perdemos no nosso amor
Dentro desta louca paixão
E quando os raios de sol que entram pela janela
Ilumina o quarto cobrindo os nossos corpos
Ficamos despojados da nossa timidez
É quando a minha alma abraça ferozmente a tua
No corpo que habita o desejo que sentimos

Isabel Morais Ribeiro Fonseca

sábado, 2 de maio de 2020

ALDEIA TRISTE E VAZIA ╭✿🌺


















ALDEIA TRISTE E VAZIA

Os rios correm entre as vilas e cidades
No meio da aldeia triste e vazia
Corre o rio cheio de saudades das crianças
Que banhavam-se nas suas águas
Das mulheres que lavavam a roupa
E a punham a corar ao sol
Agora sente-se a tristeza ao voltar
A estes lugares que tiveram tanta vida
E tanto amor
As mulheres choram a partida dos homens
Ficam sozinhas na sua dúvida
Na escuridão, no silêncio e na imensa solidão
Sem esperança, sem vida
As nossas aldeias estão a morrer
Sente-se o cheiro da morte
Do vazio de tudo cheio de silvas
Sente-se o cheiro de nada
As urtigas picam-nos no meio do caminho
Como corre o rio triste e vazio
No meio da aldeia
Como as almas da vida e da saudade
Choram lágrimas de sangue
Desta terra seca, deserta e triste.!!


Isabel Morais Ribeiro Fonseca 




Aldeias de Salselas - Olmos - Gebelim - em Trás-os-Montes