segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

"GRITO SURDO "💖★♫

"GRITO SURDO"

Este grito preso na garganta.
Este olhar de tristeza
Faz transparecer a dor
Todo o sofrimento e lamento
Caminhas sempre nos meus pensamentos
A noite é sempre a melhor companhia
Procuras entender
A dor que cessa no meu peito
Olhas o céu escuro
Com as lágrimas a cair do meu rosto
Pedindo respostas a tantas perguntas
Na esperança de encontrar a paz remendada
Cansada de esperar a cada decepção
Vida sofrida de um coração doente, que clama por ti
As palavras são espinhos que ferem a alma
Escritas faladas de milhares de formas
Que nunca se pondera expressar
De amor, de dor, de lamento, de pranto.


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

SOMOS OU NÃO SOLITÁRIOS★


SOMOS OU NÃO SOLITÁRIOS

Nos dias chuvosos, nas noites escuras
Sinto algo obscuro dentro de mim
Deve ser medo, que não tem medo
Mais uma noite sombria
Uma tempestade que me espera
Descem os lobos da serra, dos montes
Oiço uivarem de fome
Sei que sentem o mesmo que eu sinto "medo"
O vento faz tremer as minhas janelas.
Os seus uivos de fome, causam-me compaixão
Tenho uma admiração por lobos e muito respeito
Por saberem conviver em matilha e na solidão
Os lobos são livres, amam a sua liberdade
Matam porque têm fome
E nós somos escravos sem esperança
Que devoramos a terra
Matamos sem fome, por pura vaidade
Somos selvagens, sem dó, nem piedade
Inimigos de nós próprios, egoístas, sem escrúpulos
Neve lá fora, uivam os lobos
Descem a aldeia cheios de fome
Pelas fragas, ribeiros e rios deste nosso Portugal
Nós somos covardes
Como uma matilha de ferozes solitários!



domingo, 4 de janeiro de 2015

"HÁ MUITA MALDADE"★



"HÁ MUITA MALDADE"

Esta sede de escrever
Que cresce dentro de mim
Mais uma folha escrita, gravada no meu ser
Para quem a quiser ler
Não fica para os mortos, nem para os vivos
São muitas noites, muitos dias
Muitas mágoas, muitas alegrias
Os homens são como, os lobos famintos
Que descem à aldeia, onde espreitam
Um descuido só para atacar
O homem abre as portas à dor
A miséria a toda hora, o nosso mundo
Está sem trilho, sem tempo
Com medo de acender, de ter a luz acesa
Para que não fique esquecido
Fica escrito, gravado para sempre
Para que no futuro possam ler, ouvir
Mesmo que o queiram destruir
Os homens são piores que os lobos famintos
Que espreitam, um só descuido para atacar
Abrem as portas a tudo que os fazem sofrer
A maldade, a luxúria, a avareza, ao materialismo puro.


 
 Iberian wolf- Coretos de Podence- Salselas- TRÁS-OS-MONTES