segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

SOMOS OU NÃO SOLITÁRIOS★


SOMOS OU NÃO SOLITÁRIOS

Nos dias chuvosos, nas noites escuras
Sinto algo obscuro dentro de mim
Deve ser medo, que não tem medo
Mais uma noite sombria
Uma tempestade que me espera
Descem os lobos da serra, dos montes
Oiço uivarem de fome
Sei que sentem o mesmo que eu sinto "medo"
O vento faz tremer as minhas janelas.
Os seus uivos de fome, causam-me compaixão
Tenho uma admiração por lobos e muito respeito
Por saberem conviver em matilha e na solidão
Os lobos são livres, amam a sua liberdade
Matam porque têm fome
E nós somos escravos sem esperança
Que devoramos a terra
Matamos sem fome, por pura vaidade
Somos selvagens, sem dó, nem piedade
Inimigos de nós próprios, egoístas, sem escrúpulos
Neve lá fora, uivam os lobos
Descem a aldeia cheios de fome
Pelas fragas, ribeiros e rios deste nosso Portugal
Nós somos covardes
Como uma matilha de ferozes solitários!



Sem comentários:

Enviar um comentário