terça-feira, 29 de dezembro de 2015

🌺FRAGAS NA SERRA🍁


FRAGAS NA SERRA

A ecos de frias fragas em mim em delírios
Mar martírio do que sou, serei ou talvez não
A escuridão cerca-me a alma constantemente
No caminho que traço, preciso tanto de luz

De fé, mas a minha mente nega-me tal desejo
Castiga-me, como um fantasma assombrado
Que já foi, morri num espectro sem orgulho
Cadáver frio moribundo do próprio destino

No amargo deste sabor que tenho, gosto a fel
Que flutua no meu palato, perturbando o sabor
De ti no esquecimento que me cerca a morte
Não almejo tal destino mas aceito por me ser

Imposto na lama de argila em foi feito o meu
Corpo, ergástulo sem esperança vida mortal
Delírios nos ecos das fragas na serra de neve
Tento caminhar com a fé que já tanto almejo.

Estação ou apeadeiro da Aldeia de Salselas- Trás-os-Montes 

6 comentários:

  1. Obrigada pela partilha! Parabéns!
    Beijos!

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  2. Maria é sempre um prazer ler-te. Melancólico como me sinto as vezes.

    Carpe diem

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  3. Lindo demais poetisa!
    Grata pela partilha!

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  4. Se as nossas paredes pudessem falar, quantas coisas não diriam das nossas lamentações, alegrias, histórias...

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  5. Soberbo.✍️
    As palavras suspiram o que vem da alma, pois a vida não passa de uma oportunidade, numa música celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma. 👏🪨😘

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