FLORIDO TEMPO DA SAUDADE
Engulo o tempo
Nos ponteiros do relógio
Sente-se a memória de outros dias
Retalhos que ficaram com saudade
Na raiz das ilusões por breves momentos
La fora ouve-se a gaita de foles
Na dança dos pauliteiros
Saia redonda, socas de madeira, meias de lã
Oliveira nas fragas, cabra na serra
Numa esperança do mundo dum céu estrelado
Morremos sozinhos sem nos podermos ouvir
Sombra sem som aroma ou cor
Mas se o amor florisse
Como as rosas seríamos um jardim
E sonhar-te-ia e sentir-te-ia num beijo tardio
Feito de saudade engolida no tempo
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Lindo demais poetisa!
ResponderEliminarGrata pela partilha!