CAMINHAR EM VIDA OU NÃO
Era um cadáver que caminhava
Pela serra no escuro nevoeiro
Alma perdida pelo julgamento
Que lhe foi imposto na sua vida
A terra limpa-lhe o rosto da amargura
Que vai sentido no solitário caminho
Entre a plenitude de lentos gestos
De joelhos reza sem o brilho de outrora
No ardor dos seus olhos fatigados
Sombras que o assombram há tanto tempo
Que já não se lembra, ou não se quer lembrar
Sente-se ignorado entre lágrimas e soluços.
Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Poetisa!
ResponderEliminarGrata pela partilha!