sábado, 31 de julho de 2021

ღÓ MORTE QUE ME COBIÇAS🍁

 Ó MORTE QUE ME COBIÇAS

Ó morte que me cobiças 
Ó corpo, a mente
Que deixas que o meu ser
Seja um ser inútil, uma inutilidade
Rastejante nesta terra de pó
Que um dia me há-de cobrir o corpo
Pois a minha alma já tem amo
Meu senhor, meu Deus
Ó morte não tenhas pressa 
Que eu também não tenho
Ó morte que me cobiças o corpo
Que me desejas a carne 
Desta terra que me cobre os ossos
Nesta saudade que fica com os vivos
Que tantas vezes fica a nostalgia
Em tantos momentos vividos
Ó morte dá-me mais tempo
Que eu ainda não fiz tudo que mais 
Queria ou desejava nesta vida.

Isabel Morais Ribeiro Fonseca 


3 comentários:

  1. Lindo demais poetisa!
    Grata pela partilha!

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  2. Compenetrado poema. Vivamos a vida com firmeza e clarividência, adiando a morte até às sua inevitável chegada. ✍️💀👍

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