Sim, sinto saudades,
de abrir as janelas da alma
Imaginar quantas janelas de alegria
Poderia abrir
e as possibilidades encantadoras
Mas elas estão travadas, emperradas
Com as dobradiças enferrujadas,
como a minha alma
Que saudade dos dias,
em que segurava a caneta
E as palavras flutuavam como nuvens
Adormecia com versos, poemas,
que saiam da minha boca
Tantas vezes sinto-me tão vazia.
E por vezes sou abandonada esquecida
Perdida nas tardes quentes de outono
Sem sentido sem lugar no teu coração
Despida de sentimentos
Eu só queria ser a cama que te abraça
A rua onde tu andas
Tocar os teus pensamentos,
com os meus lábios
Como o vento que sopra suave
Sonhar, sonhar com a lua e acordar o sol
Para aquecer os meus pensamentos,
a minha alma
Voar nem que seja por alguns segundos
Agarrando-te e sentir-te,
como um desejo imenso
Incontrolável para abrir e escancarar
A janela dentro de mim de ti.